quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Perfect days.


Os dias perfeitos,
Vistos pela visão de quem admite a simplicidade
Das coisas pequenas do dia-a-dia
Os dias com os mesmos contratempos de todos os outros
As mesmas angústias
As mesmas dúvidas e questões.

Mas são os dias perfeitos
Os dias das flores,
Dos livros,
Os dias da chuva morna, das amoras quentes do caminho.

Os dias das chaves perdidas das gavetas ,
E das manchas de tinta por todo o lado.
Os dias dos chás perfumados e das árvores antigas a fazer sombra fresca.
Dos cadernos empoeirados, das receitas antigas da avó.

Os dias das conversas de muro,
Da música agradável.
Até entre paredes a descascar e escadas a ruir.
Porque há beleza, em quem deseja ver.
Em quem consegue sentir
A grandeza da vida,
Escondida,
Qual tesouro ,
Entre os espaços das palavras caras
E da solidão.

Entre o sofrimento de cada dia
Existem momentos de pura alegria.
Os momentos dos dias perfeitos
À espera de serem descobertos e vividos.
Por quem se digna a tentar.
Todos os dias.

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