Caímos perto.
Perto das estrelas compostas em rituais a que chamamos constelações.
Caímos perto
Extasiados demais para falar
Perdidos
Refugiados
Nas histórias que tínhamos ouvido quando éramos pequenos
Sobre cometas e principezinhos
E andorinhas que se apaixonavam por gatos
E gatos que tomavam conta de gaivotas.
Se ao menos a nossa queda tivesse sido mais aparatosa
Ainda teria dado para nos rirmos despregadamente
Tão despregadamente que os botões saltariam das nossas camisas
Para o coração poder bater (dês)compassadamente
No ar fresco deste amanhecer precoce
E os cordões dos sapatos partiriam e poderíamos correr
Correr.
Correr.
Livremente.
Como na infância,
Entre os sonhos que ainda vamos construir esta noite…
Caímos?
(risos)
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